sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Ah, a loucura...

            Eu sou louca.. Já ouvir dizer que todos têm seu grão de loucura. Eu tenho um pacote inteiro de loucura dentro de mim. Perdoe se minhas palavras irritam, mas elas são parte da minha loucura. Meu jeito de pensar é estranho, mas a minha loucura não passa de imaginação extremamente fértil. Ah, porque loucura é algo que podemos dividir em várias categorias. De doença à felicidade, de tristeza à solidão. Ser louco muitas vezes é ter opinião contrária, é lutar por uma causa que ninguém defende, é colocar a mão no fogo pela pessoa mais traiçoeira do mundo. Na brincadeira mais idiota, é aceitar doce de estranho na ingenuidade. Loucura pode ser a aceitação de algo imposto sem nenhuma argumentação. Loucura é ver uma injustiça e fechar os olhos, ou então fechar os olhos e fazer uma injustiça... Tudo depende do ponto de vista. Loucura é uma mulher se mutilar e dizer que foi mutilada. Loucura é mutilarem uma mulher e dizerem que ela foi mutilada. Loucura é não olhar por todos os pontos de vista. Loucura pode ser louca ou pode ser normal. Pode ser um assédio ou apenas um lapso. Pode ser uma palavra ou uma agressão. Um ataque ou uma fofoca. Uma mulher ou um homem. Não tem definição. Têm loucos no hospício, na política, têm loucos que falam mal de política, têm loucos nas ruas, nas casas, têm loucos que fazem blog e falam de loucura, tem loucos que não tem orkut, e tem loucos que têm orkut, tem loucos que odeiam futebol e são brasileiros, tantos loucos por ai, que a verdade é que loucura não tem lugar definido... A loucura se resume a opinião diferente da nossa.. Aposto que a louca da sua vizinha adora dançar um funk até o chão e você que se diz normal ouve ópera no último volume.

            A loucura não existe, ela é apenas uma desculpa que encontramos para justificar a existência de tantas idéias diferentes que muitas vezes não nos agradam. É um modo de parecermos normais perante aos outros. Mas isso de nada adianta, porque no fim todo mundo é louco.

           

   ô uô... listen to the music: speed of sound – coldplay

 

valeu ae ;*

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Que se foda :)

            O tempo passa rápido. As coisas são descartáveis. Sabia que pessoas são descartáveis? Pois é, eu também não sabia. Mas sim, elas são descartáveis. Sentimentos são descartáveis. A maioria descarta quem não gosta mais, esquece, ou por motivos sem explicação, apagam quem não querem mais de suas vidas.

            Sou da geração politicamente ecológica. Reciclo tudo. Se não gostam de mim e eu gosto de alguém. Pego o que sinto, reciclo e transformo em amor por outra pessoa. Transformo em amor por quem me ama e por quem eu confio.

            Porque de nada adianta amar alguém e confiar em alguém, quando esse alguém não sente o mesmo e às vezes ignora você.

            Não é trágico, é humano! Humanos são assim. Um dia amam, outro não. Um dia estão rindo, outro chorando. Quem eu penso que sou pra julgar? Sou só mais uma humana no meio da multidão. Acho que ganhei a capacidade de confiar demais, para poder ganhar desconfiança dos outros e equilibrar o ciclo dos erros humanos. Vai entender...

            O que eu sei é que não penso ser ninguém para julgar. Aprendi com meus erros a não julgar mais ninguém. Assumo, como uma humana qualquer já julguei muita gente. Mas agora, como uma humana mais humana aprendi que cada um tem o seu tempo e os seus problemas. Não julgo, eu apenas tento entender o lado de cada um. Afinal, amanhã eu posso encarar o problema que alguém encara hoje. No final das contas, só passando por certas coisas para poder julgar e avaliar.

            Não sou ninguém pra dizer o que é certo ou o que é errado. Eu tenho meus problemas, eu tenho minhas dúvidas, minhas convicções, meus princípios, meus erros e meus acertos.

            Aprendi a não perder mais tempo tentando descobrir quem está certo. Aprendi a olhar por todos os pontos de vista possíveis. Aprendi a tentar compreender mais o próximo.

            Eu sei que não é grande coisa. Mas pra mim é um grande passo. E eu sei que isso me deixa a frente de muita gente que eu conheço. O fato é que criticar e ignorar é bem mais fácil do que encarar a realidade. Todos sabem disso, mas ninguém tenta encarar esses fatos de frente. E sabe por quê? Porque machuca saber que você pode estar errado ou errando.

            No fundo nós humanos só queremos estar certos e acertar. Uma pena, porque quando assumimos um erro, ganhamos muito mais. Quando deixamos um erro passar ou insistimos em estar certos, podemos perder muitas coisas. Podemos perder confianças, amizades, amores, paz... Podemos perder tudo aquilo que sempre achamos que estamos ganhando quando estamos certos.

            Pena que ninguém percebe isso. Pena que sempre cada um tira o seu da reta e nunca assume que errou. Como eu tenho uma predisposição ao azar, eu sempre sou mal compreendida e sempre rodo. Mas tudo bem, já descobri que quem me ama e me conhece de verdade é quem tem o poder de me compreender de verdade.

            O difícil é saber quem te ama e te conhece de verdade. A sorte é que com o tempo as máscaras caem. Mas lembre-se sempre, por mais que elas caiam, nunca julgue quem não gosta de você. Pois se você fizer isso, você estará se igualando a eles. O que me faz ficar a cima de muita gente é o fato de que eu não odeio quem me critica. Eu apenas deixo de confiar. Eu tenho pena.

            No final das contas, não adianta em nada reclamar. Acontece é que o mundo gira, os dias passam, e muita coisa muda. São fases. Todos temos fases. A Lua tem fases. E ela é bonita, certo?

            Sabe qual é? Eu juro que eu tento ser o mais verdadeira possível. E é isso de verdade o que eu penso. Na verdade eu não quero que se foda, eu só quero ser compreendida nesse mundo. Eu só quero que as pessoas entendam mais o próximo. E isso não é clichê. Não estou falando de boa ação e sim de convivência e confiança, seja lá o que for..

 

 

Ô uô... listen to the music: what became of the likely lads – the libertines      

 

Obrigada pela atenção,

Um beijo ;*