sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

menina [da] lua.

“Lua já brilhava. Sem querer ela sempre chamava atenção.

A menina havia decidido várias coisas, entre elas, prometido a si mesma, dar um tempo a certos sentimentos e ilusões. Porém o tempo não chegou a ser tempo. Seus sentimentos e ilusões foram mais rápidos.

Ela sempre se enganava e sempre acabava julgando o certo, como errado e o errado como certo. Depois passava muito tempo arrependida, querendo voltar no tempo, com um aperto imenso no peito.

Ficava agitada, e com muita vontade de mostrar o que estava sentindo. Para alguém que amava falar, falar era sempre fácil. Agora falar querendo dizer algo de verdade, já era outra coisa. Expressar através da fala é para poucos, e Lua nunca conseguia fazer as pessoas compreenderem o que ela realmente queria dizer. E é por isso que ela escrevia sem parar. Para aliviar o aperto do peito, aos poucos.

Deixando o tempo virar tempo, ela seguia a vida. Deixando a vida seguir, ela ia aprendendo. Ia pensando e observando, o quanto as nossas escolhas são importantes. E quanto feitas sem pensar, viram arrependimentos. E esse era, segundo a opinião de Lua, o pior dos sentimentos que um humano poderia ter. Sabe aquela sensação de impotência, aquela vontade de voltar o tempo. Pois bem, o tempo não volta, e essa vontade pode ficar para sempre.

Lua sempre aprendia lições consigo mesma, mas pena que ela ainda não tinha o poder de poder concertar as escolhas erradas.

Agora, ela aprendia mais do que qualquer um, a conviver com ele, com o arrependimento.

Pior de tudo seria se concentrar em seus deveres do colégio, com esse sentimento fincado na cabeça.

Agora mais do que nunca, Lua precisava de tempo, para restabelecer as idéias no lugar.”

[a história continua...]

E quanto a fernanda, bem, ando aprendendo um pouco com a Lua. ~

Tchau. ;*