segunda-feira, 29 de junho de 2009

O engenheiro das minhas opiniões

Sempre gostei de ler e escrever. Mas nunca poesia, pois isso fazia parte do mundo que eu não entendo... Enquanto eu cursava meu terceiro ano do ensino médio, um professor de redação, o Luciano, inventou um projeto de uma revista de poesia e convocou voluntários. Aquilo não tinha nada a ver comigo. Mas uma amiga minha se animou, me animou e logo estávamos lá conversando com o professor. Ele explicou como seria o projeto, como iríamos fazer a primeira edição da revista e anunciou que cada edição teria um poeta de destaque. A revista nunca saiu. Lembro que o Luciano disse que o primeiro poeta seria o Paulo Leminski, pois ele admirava muito o seu trabalho. Ah, eu aposto que você nunca viu um professor de redação tão persuasivo e tão cheio de idéias quanto Luciano. Ele é daquele tipo de cara que tem muita credibilidade no quesito informações, prende nossa atenção e ainda nos faz refletir. Além do que, ele dá aula do que eu chamo de “matéria mais flexível do mundo”. Não era qualquer um falando de um poeta qualquer. Era o Luciano falando do Paulo Leminski. Lógico que eu comecei a pesquisar sobre o tal poeta. E me apaixonei por sua poesia. Não que eu a entenda, eu só admiro e ela me encanta. E o Luciano? Bom, ele ainda é meu professor no cursinho. Posso dizer com todas as letras: ele ajudou e ainda ajuda a montar minhas opiniões sobre os mais variados assuntos. É por isso que eu nunca vou esquecê-lo. Ele planta em mim um pouquinho de si mesmo quando fala. E eu faço questão de fazer isso crescer junto com minhas opiniões. Afinal, ele é o cara. E da forma mais singela, através do meio que ele domina, através das palavras, eu digo: Obrigada, mestre!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

- Ela tem estrela no olhar!

A gente não cansa de viver por vários motivos. Cada um com os seus. Uns vivem por Deus ou por sua religião, pela família ou pelos amigos, ou simplesmente pelo instinto. A gente vive. Mas quem nunca teve aquela vontade de desistir? De nunca mais sair de casa, ou de virar pozinho quando alguma coisa não dá certo? Pois é, eu assumo, já quis desistir de tudo. Principalmente desde que o "vestibular" entrou na minha vida. Estresse, correria, olheiras, sono... E ainda sim nem tudo sai como a gente espera ou planeja. Mal tenho tempo pra mim e quando chega o final do dia, parece que ainda faltam horas para concluir tudo o que eu tinha planejado. Então eu sinto aquela mistura de cansaço mental e físico, e aquele frio na barriga pré-prova de vestibular. É ai que eu lembro que junto com o fim do dia e com essas sensações vem a noite. E com ela, estrelas e às vezes até uma lua linda. Eu sei, parece bobeira, mas eu AMO olhar o céu. É como se isso recompensasse meu dia. E por incrível que pareça, isso me trás um sentimento tão bom que eu esqueço de tudo. Como se eu sentisse que somente coisas boas fossem acontecer comigo, como se tudo estivesse perfeito, como se cada minuto de estresse do meu dia tivesse sido válido. As estrelas em especial me dão uma paz enorme. Como se todo dia elas me dissessem: "Vai ficar tudo bem, Fernanda!". E é nesse momento que minhas energias são recarregadas, eu fico pronta para encarar tudo de novo e nunca desistir; porque eu sei que à noite elas vão estar lá em cima, esperando para fazer meu dia valer a pena.

Antes acompanhado do que só

Você está em casa às moscas. Uma vontade do nada brota. Você precisa sair, ir a uma festa, se divertir... Porém seus amigos não podem te acompanhar. O que você faz? Liga para os "Amigos de Aluguel". Deixar de sair por falta de companhia, não deve ser legal. O que teria demais pagar por uma? Pois é, um grupo de amigos criou os "Amigos de Aluguel". Parece muito coisa de desocupado e sim, é verdade. Bom, eu não faria isso. Mas não recrimino quem tem coragem de fazer. Afinal, é só um acompanhante. Não é amizade. Todos nós, sabemos que amizade é muito mais do que isso. Envolve sentimentos (em sua maioria) e laços. No caso, seria alguém para te acompanhar numa determinada situação, uma vez ou outra. Provavelmente uma situação casual.. São negócios, horas. Amizade nunca poderia ser comprada (abro exceção para quem é interesseiro nesse parênteses). Ah, se existe gente afim de alugar amigos para se divertir, qual o problema? Desde que todos se divirtam e sejam felizes, não vejo nada demais. Pra mim, negócios continuam sendo negócios e amizades, amizades. O lance é aproveitar e tentar não confundir as coisas. De resto, antes acompanhado do que só!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Chega de Saudade

E a saudade de que tanto falamos, anda com saudade de ter um sentido de verdade. A pobre coitada que judia de nós, muitas vezes é judiada. Eu sei, ela não é tão pobre coitada assim. Ela é forte, e quando pega, paciência. Gruda nas nossas vidas e invade todos nossos pensamentos. Isso sim é saudade, é sofrer, é não saber explicar o que estamos sentindo. É vontade de reviver cada momento e ficar para sempre perto de quem amamos. Saudade é nostálgica. Faz lembrar alguém, ou o passado. Se não for isso que você estiver sentindo, não use saudade. Use o velho “sinto falta”, senão o sentimento e a palavra perdem o sentido.

Saudade eu sinto da minha infância, do meu avô... Falta eu sinto de quem nunca foi muito próximo ou de algo que não teve muito significado para mim. E olha que eu sou doutora em saudade. Ano passado namorei o ano inteiro à distância, meu namorado em Curitiba e eu no interior do Rio de Janeiro. Ano passado também terminei o terceiro ano. E esse ano, a cada dia que passa, um vazio enorme cresce dentro de mim.

Sinto tanta saudade do velho terceiro ano. Das aulas, das manhãs e tardes agitadas. A cumplicidade da turma quando preciso e a bagunça sempre necessária.

Hoje eu não vejo mais quase ninguém. É estranho, porque às vezes eu encontro um ou outro na rua, e por causa de tempo ou pressa, mal conversamos. Tenho a impressão de que o vazio que eu sinto, é o fato de que os amigos que conviveram comigo durante toda a minha vida estão virando desconhecidos. Aos poucos. E acho que é por isso que o sentimento de saudade vai crescendo dentro de mim. No futuro, provavelmente quando a gente se encontrar por ai, vamos nos cumprimentar e nem teremos mais assuntos em comum. Só depois é que a ficha vai cair e nós vamos pensar: “saudades do meu tempo de colégio!”.

A saudade vai me acompanhar, vai nos acompanhar para sempre. E eu acho uma pena que nos tornemos desconhecidos com o tempo. Tenho certeza que o vazio que eu sinto, era antes o lugar ocupado pelos amigos que não fazem mais (tanta) parte da minha vida. A solidão que eu sinto dentro de uma sala de cursinho lotada, é a saudade dos meus amigos. Grande parte das minhas melhores amigas eu nem vejo mais direito, o que às vezes dói tanto.

E é isso que eu chamo de saudade.

E quem a usa em vão, não sabe o que está dizendo. Aprendi isso com a vida. Já senti saudade de tanta coisa. Lembro que quando meu namorado estava em Curitiba, a gente conversava e nunca sabia descrever o que estava sentindo. A gente só sabia que era algo muito ruim.

Era saudade.

A cada dia que passa, eu vejo que a nossa sina é viver e sentir saudades daquilo que nós vivemos. Ela é tão única, que é uma das palavras mais difíceis de serem traduzidas para outros idiomas (lembre-se, americanos frios e calculistas só sentem falta!).

Realmente, saudade não é uma pobre coitada. É coisa de quem tem sentimento. Todo mundo sente ela mais cedo ou mais tarde. Só não a confunda com “sinto falta”. De resto, a saudade nos faz crescer. Nos torna fortes. Aprendo e aprendi muito com ela. Quando não a sinto, sinto saudade de senti-la. Ela me faz pensar e me faz sempre lembrar do que a minha vida é feita e como ela foi construída. Por isso, não chega de saudade. Transforme-a em um instrumento aliado de suas lembranças. Sinta mais, pense mais, lembre mais... Dê valor a cada momento vivido, e assim a vontade de viver e ter mais momentos nunca vai perder o sentido!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Do mundo que eu não entendo...

Por que ciúmes quando entra na cabeça, é dificil de tirar? Por que a preguiça é maior do que a minha vontade de não ser sedentaria? Por que eu sinto tanto sono quando eu penso em aulas de matemática? Por que um doce tem mais calorias do que uma alface? Por que eu tenho medo de perder quem eu amo? Por que penso tantas coisas que nunca vão me levar a lugar algum? É, por que eu não simplifico tudo? Ser mais paciente, entrar na academia, me esforçar mais em matemática, parar de comer besteiras e dar mais atenção a quem está perto de mim, é muito mais fácil do que ficar filosofando questões que não tem "porque"... Por que será que é tão dificil pensar de uma forma mais exata? Ser um animal racional que pensa muito no emocional é bem dificil nessas horas. Vai entender...

domingo, 14 de junho de 2009

Pecado não! É alimentação.

Eu como. Eu como e como engordo. Mas nem ligo. Ok, eu ligo. Tento equilibrar minha alimentação. Como de tudo um pouco. De coisas verdes que não engordam à doces calóricos que me enchem de celulite. Sim, eu como carne. E acho que seria dificil eu virar vegetariana. Prefiro combinar os dois: vegetais e carnes juntos ficam uma combinação ótima! Dieta? Bem, isso é um caso mal resolvido na minha vida. Como qualquer outra mulher, eu sempre estou no mínimo dois quilos à cima do peso. Até tento fechar a boca, mas as calorias contidas em alguns alimentos me atrem muito facilmente. Um problema sério. Eu só não sou muito gordinha, porque ao mesmo tempo em que eu como coisas muito calóricas, eu também sei que é importante comer coisas saudáveis. Aprendi desde criança a comer de tudo e ter uma alimentação balanceada. A não ser quando eu via chocolate. Devorava e ainda devoro fácil. Meu pecado preferido é a gula. Sim, eu como por prazer. Saber ser saudável e ao mesmo tempo comer coisas que agradam meu paladar, não tem preço.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Como se eu fosse uma princesa

Hoje eu acordei tarde. Dei uma de Bela Adormecida, mas isso é um caso à parte. Fui até a cozinha e o que eu encontro? Sinais deixados pela minha mãe. Acho que ela tem um jeito todo particular de se comunicar comigo. Por exemplo, estava totalmente visível que ela queria que eu limpasse e arrumasse a cozinha. Vou descrever. A pia estava lotada de louça e a panela de pressão estava cheia de água como quem diz: "já deixei a panela de molho, agora você lava!". O fogão estava com todas aquelas gradezinhas que eu não sei o nome, empilhadas num canto como quem diz: "limpe o fogão!". Tinha uma vassoura perto da porta e um rodo com um pano na ponta, como quem diz: "não esquece de limpar o chão da cozinha também!". Pois é, metade da manhã Bela Adormecida e metade Cinderela... Depois o povo ainda vem me chamar de Branca de Neve. Acho que andam confundindo as princesas. 

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Meu conto de fadas

Sempre idealizei que o namorado dos sonhos seria um príncipe. Não encontrei um príncipe, encontrei o João Felipe. Apesar dele não ser um príncipe, ele tem 99% das qualidades de um. O 1% que falta é o castelo e o cavalo branco, mas convenhamos, para um mundo tão real, já sou mais do que sortuda!

domingo, 7 de junho de 2009

À moda antiga

Sem rodeios lá vou eu: não gosto de cantadas. Por vários motivos. A começar pelo fato de que a maioria é frase feita. E que algumas dão vontade de chorar. Sem exageros. Acho mais interessante uma boa conversa e deixar que tudo aconteça de uma forma mais elegante. Nada premeditado, coisas improvisadas são mais emocionantes. Meu namorado, por exemplo, não me conquistou com cantadas e sim com muita conversa e assuntos que temos em comum. Sou a favor do diálogo continuo e de que o interesse seja demonstrado por ambas as partes. Cantadas realmente nunca me deixariam impressionada. O que me deixa impressionada é o bom humor, a inteligência, a capacidade de dialogar, bom gosto musical (ou seja, parecido com o meu), educação, personalidade... Muito mais do que uma simples frase! Sem contar que cantadas geralmente são superficiais, e elogiam a beleza da mulher. Prefiro acreditar que eu e todas as mulheres que se valorizam, são mais do que um rosto ou um corpo. Cantadas são pequenas e feitas para os homens “pegarem” uma mulher por uma noite, e eu não entro nesse esquema. Sou a favor de relacionamentos que começam com longas conversas e duram muito tempo.