terça-feira, 15 de janeiro de 2008

menina [da] lua.

"A menina vivia presa. Não era uma prisioneira como Rapunzel ou Cinderela. Ela uma prisioneira diferente. Ela Sentia-se presa dentro de si mesma, e o pior, não entendia o por que. Ninguém jamais souber explicar. Pobrezinha sempre quis entender. Alguns amigos arriscavam teorias diferentes para animar a jovem. Simplesmente para aumentar sua auto-estima. Tinha horas em que ela acreditava nos amigos e sentia-se capaz. Outras horas, ela desabava em rios de lágrimas, pois percebia que tudo não passava de palavras ditas somente para animá-la.

Em oração ela sempre pedia por uma vida melhor. Por mais confiança em si mesma. Ela jurava de pés juntos que não tinha nascido para esse mundo. Mas quem iria acreditar nas palavras premeditadas de uma jovem sonhadora? Sua mãe dizia ser apenas uma depressão por conta da adolescência. Seu pai, bem, ele dizia somente ser manha de uma pequena mimada. Mas ela tinha certeza que tudo aquilo era algo mais.

E assim ela tocava sua vida, em choros pequenos nos cantos da casa, em pequenos rios de lágrimas. Em lamentações. Ela era uma ótima atriz, pois passava como uma pessoa muito feliz para as amigas. E compensava isso, com finais de semana trancada em casa pensando e repensando na vida.

Tinham dias em que ela passava horas falando sozinha. Outros, ela passava horas rezando. Literalmente conversava com Deus. E sempre pedia para que ele a levasse desse mundo. Ele, claro, que nunca faria algo desse tipo. Ela achava que a morte poderia ser sua solução. Mas tinha um pequeno problema, ela não tinha nascido para suicida. Morria de medo de encostar a mão numa faca ou numa arma, e não podia ver sangue de jeito nenhum. Ela também já tinha pensado em tomar veneno ou uma dose maior de algum remédio. Porém, como essa pequena pensava demais, ela sempre chegava à conclusão de que esse tipo de morte rebaixa a moral de uma pessoa. Morrer com veneno de rato é estar se rebaixando a uma espécie que vive em esgotos, causa doenças e não pensa. Como assim? Isso era um absurdo para ela. Pois pensar, na sua opinião era a maior qualidade do ser humano. E como ela ia se rebaixar ao nível de um pequeno ser que não pensa? Nunca!

Algumas vezes ela pensava que a vida poderia ser igual a um romance desses qualquer. Em que a mocinha morre por pura vontade de morrer. Seria tudo mais fácil. Mas como isso seria impossível, ela simplesmente pensava. E quando ela pensava, ela percebia que a vida é muito valiosa para ser jogada fora assim. Morrer, um dia, e não de forma trágica.

Lua era sim, uma pensadora nata. Pensava em tudo, o tempo todo. Ia para o colégio para pensar, vivia literalmente em outro mundo. E sonhava. Ah, como essa branquinha sonhava. O céu não era limite.

Sonhava com amor. Sonhava com o futuro. Morria de medo de não alcançar o que queria. Morria de medo de não ser alguém na vida. Suas amigas eram muito inteligentes e concentradas no que queriam. Todas diziam querer prestar vestibular e fazer uma faculdade federal. Lua, como não era muito de contrariar, dizia o mesmo. Mas com outra idéia em mente. Ela ainda acreditava que esse mundo não era dela. E que o que estava esperando por ela, era um outro final, em um outro lugar bem diferente.

Passava dias incomodada por não ser compreendida, e de tanto que as idéias fervilhavam em sua cabeça, ela praticamente não estudava mais. E o pior, é que ela ainda pretendia fazer o tal vestibular. O que seria bem contraditório. Mas Lua tocava a vida.

Ela escrevia. Para organizar suas idéias ela tentava escrever sempre. Não era um diário, até porque nossa Lua não tinha tempo para escrever todo dia. Era um espaço no qual ela desabafava às vezes. E funcionava, pois ela sentia-se bem após isso. Ela queria ser jornalista. Nunca tinha entendido muito bem a escolha, pois não acreditava no próprio potencial. Sua família e seus amigos apoiavam, muitos diziam que a pequena tinha talento. Mas ela não acreditava muito. Ela duvidava muito que alguém fosse querer pagar para ler suas histórias.

Lua havia nascido para brilhar. Só não sabia disso ainda..."

[um dia essa história continua]

E quanto a fernanda? Andei descobrindo coisas que seria melhor eu ter ficado sem saber.. :~

Adeus. ~

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Primeiro post do ano o/

felicidade pra dar e vender.

Agora sim. Ano novo. Vida nova. 2007 foi apagado. 2008 será aproveitado ao máximo. Planos, viagens, amizades, novidades, separações, a escolha do novo caminho. Vários jovens, milhões de sonhos. Que tudo dê certo sempre.

Que a Cinderela ache o sapatinho de cristal, que a chapeuzinho escape do lobo mau, que a Rapunzel fuja com o príncipe, que a bela adormecida acorde e que a branca de neve desperte para o novo ano e se livre de todos os homenzinhos pequenos e imprestáveis e sem esquecer do idiota do príncipe... VIVA A INDEPENDÊNCIA FEMININA! xP

Ainda lembro – Marisa Monte